Projeto
Cinema para todos
Já imaginou como seria se você pudesse
juntar cinema e educação? Nós vamos mostrar que esses dois têm mais a ver do
que você pensa. O Programa Cinema Para Todos é uma iniciativa do Governo do
Estado do Rio de Janeiro, através da parceria entre a Secretaria de Estado de
Cultura (SEC) e Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), sendo uma ação do
Rio Audiovisual – Programa de Desenvolvimento da Indústria Audiovisual do
Estado do Rio de Janeiro. O Programa é realizado pelo ICEM – Instituto Cultura
em Movimento, que estimula e democratiza o acesso dos alunos da rede estadual
às salas de cinema, provocando debates e reflexões dentro e fora da sala de
aula.
Como acontece?
Através da distribuição gratuita de vales-ingresso,
queremos levar os alunos e educadores da Rede Pública Estadual do Rio de
Janeiro aos cinemas de suas cidades para que assistam a filmes nacionais.
Os vales podem ser trocados nas bilheterias de
qualquer uma das salas participantes. São válidos para filmes nacionais em
cartaz em qualquer dia da semana, incluindo feriados e férias. E sabe o melhor
disso tudo? Os alunos e educadores ainda podem levar um acompanhante para
curtir a sessão com eles!
Participe desta rede que valoriza a educação, a
cultura, a identidade brasileira e o lazer de qualidade.
Ficha técnica (O Palhaço)
- Título original: (O Palhaço)
- Lançamento: 2011 (Brasil)
- Direção: Selton Mello
- Atores: Selton Mello, Paulo José, Giselle Motta, Larissa Manoela.
- Duração: 88 min
- Gênero: Comédia Dramática Fonte: www.culturadebolso.org
Em O Palhaço, Paulo José e Selton Mello são pai e filho donos de uma
trupe de circo “old school” que perambulam pelo interior do Brasil levando o
circo Esperança a lugares desconhecidos pela maioria dos moradores de grandes
cidades.
O que nos comove ao ver o filme não é a pobreza
da vida dos atores circenses – por mais que ela apareça na carência de coisas
simples como um ventilador, ou um sutiã – e sim como, apesar dos infortúnios da
vida da estrada, eles compartilham de momentos tristes e alegres juntos, como
uma família. É até difífil perceber de cara quais são as famílias de sangue que
vivem ali no meio da trupe; a menininha que uma hora está com os pais, outra
está brincando com um casal de acrobatas e outra está com o palhaço Pangaré
(vivido por Selton); a dançarina que na primeira cena parece mulher de Seilton,
mas que depois é mostrada como mulher de Paulo José (o palhaço Puro Sangue;
tudo se mistura um pouco e dá a impressão de unidade no grupo.
Essa unidade se revela também quando os palhaços
estão em cena nos cortes intercalando músicos e todos os outros personagens
trabalhando com a iluminação, maquiagem, figurino; todos com sorrisos nos
rostos, apesar das dificuldades financeiras mostradas anterior e posteriormente.
O ponto chave está no palhaço Pangaré vivido por
Selton. Ele organiza os integrantes do circo e se sente responsável por eles a
ponto de chegar a um estado quase depressivo ao não conseguir realizar seus
objetivos e não conseguir atender aos pedidos dos seus companheiros da trupe.
Quando me perguntaram se o filme era de comédia
eu respondi: “O filme é triste e engraçado ao mesmo tempo”. Não vejo outra
forma de descrever esse filme que conseguiu algo tão raro nas produções de
massa atuais: mexer com o sentimento do espectador dosando perfeitamente o
drama com o humor sutil, genuíno dos palhaços.